Pulgas: Tudo sobre Pulgas

As pulgas

pulgas
A pulga Ctenocephalides spp causa problemas freqüentes em cachorros e gatos. Como não
Pulgas
 
possui um hospedeiro definitivo ataca os animais de estimação causando dermatite, alergia, entre
outros problemas. A falta de controle desse inseto pode causar problemas para os seres humanos
devido o seu contato com animais infestados. Ela possui um ciclo evolutivo favorável facilitando a
infestação do ambiente e de animais.
 
As pulgas são insetos hematófagos pequenos, sem asa. Embora existam
mais de 2.000 espécies e sub-espécies no mundo, a Ctenocephalides canis e
Ctenocephalides felis são as espécies mais comuns em cães e gatos,
respectivamente. Os sintomas normalmente são sazonais, principalmente em meses
quentes, em zonas temperadas e freqüentemente não-sazonais em regiões tropicais
e subtropicais, e pode ocorrer irritação devido à ação alérgica e tóxica da saliva no
ato da picada. Alguns animais podem desenvolver no local da picadavuma
hipersensibilidade resultando em prurido, dermatite crônica não específica e
infestações secundárias.
pulgas
O objetivo deste trabalho foi fazer uma revisão de literatura sobre este inseto
e os problemas que podem causar aos animais.
As pulgas são insetos achatados lateralmente, sem asas, pertencentes ao
Filo Arthropoda, à classe Insecta e à ordem Siphonaptera (FORTES, 2004). Estes
insetos podem ser vistos a olho nú e não demonstram claramente as delimitações
normais entre as partes do corpo (cabeça, tórax e abdômen) como a maioria dos
insetos. O terceiro par de pernas é bem mais largo e facilita o incrível potencial de
salto destes insetos. Pulgas adultas são, normalmente, de coloração entre o marrom
escuro e médio. Na medicina veterinária, as pulgas são comumente encontradas em
cachorros e gatos, entretanto, elas também vivem em uma variedade de outros animais
domésticos e pequenos selvagens. Em geral as pulgas se mudam para uma espécie
diferente de hospedeiro se o hospedeiro preferencial está inacessível, além de os
deixarem após a obtenção do alimento (SLOSS et al., 1999).
pulgas
Após o repasto sangüíneo, a fêmea deposita cerca de vinte ovos de cada vez
que caem no chão ou são depositados. Mas, em fortes infestações, o corpo dos
animais pode albergar ovos, larvas e adultos simultaneamente. As larvas alimentamse
de detritos orgânicos, fezes e sangue seco provenientes das pulgas adultas, são
freqüentes no pó doméstico e fendas de assoalho. Após alimentarem-se e crescerem 
passam para o próximo estádio e formam casulos (pupa) (LEITÃO e
MAIRELES, 1983).
Estes insetos são parasitas temporários que resistem muito tempo ao jejum.
Os proprietários dos animais de estimação, no regresso a casa, após período de
férias, são por vezes atacados por pulgas famintas. Nota-se também um intervalo
entre a morte do cachorro e do gato de estimação numa residência e o ataque das pulgas
aos seus proprietários, é o tempo entre a postura dos ovos e da saída de novos
insetos adultos dos casulos (LEITÃO e MAIRELES, 1983).
Os cães que não são alérgicos a pulgas podem não manifestar sintomas,
portadores assintomáticos, mas desenvolvem anemia, teníase, irritação cutânea
discreta, dermatite piotraumática e/ou dermatite acral por lambedura. Em cães
alérgicos as lesões incluem erupções pruriginosas, pápulas, crostas, eritema,
seborréia, alopecida, escoriações, piodermatite, hiperpigmentação e/ou
liquineficação secundárias. As lesões localizam-se principalmente na região
lombosacra dorsocaudal, dorso da inserção da cauda, porção caudomedial da coxa,
abdome e flancos (MEDLEAU e HNILICA, 2003).
Os gatos que não alérgicos também podem não apresentar sintomas, mas
desenvolvem anemia, teníase ou irritação cutânea discreta. Já em gatos alérgicos
comumente apresenta-se como dermatite miliar pruriginosa com escoriações,
crostas e alopecia secundárias no pescoço, região lombosacra dorsal, porção
caudomedial da coxa e/ou região ventral do abdome. Outros sintomas incluem
alopecia simétrica secundária ás lesões do complexo granuloma eosinofílico
(MEDLEAU e HNILICA, 2003).
pulgas
O Ctenocephalides é o único gênero importante no cão e no gato. Ocorrem
Ctenocephalides canis e C. felis, porém o C. felis é bem mais disseminada, e em
muitas regiões é a espécie dominante em cães e no homem, bem como em gatos.
Ambas as espécies podem atuar como hospedeiros intermediários do cestóide
comum nestes animais domésticos Dipylidium caninum e do filarídeo de cães
Dipetolonema reconditun. Embora a pulga adulta possa adquirir a infestação por
filarídeos mediante a ingestão de microfilárias num repasto sanguíneo, as peças
bucais especializadas não permitem a ingestão dos ovos de Dipylidium, e esta
infestação pode ser adquirida apenas pela larva da pulga, cujas peças bucais são
mastigadoras. O desenvolvimento do cestóide ocorre simultaneamente ao da pulga,
de tal maneira que o adulto contêm o cisticercóide (LEITÃO e MAIRELES, 1983;
MEDLEAU e HNILICA, 2003). Além disso, o gênero Ctenocephalides é o
responsável pela ocorrência de dermatite alérgica à picada de pulga em cães e
gatos (URQUHART, 1998).
Atualmente existem muitas medidas profilaticamente para se controlar esse
inseto, como coleiras, inseticidas devendo-se ter o cuidado com reação alérgica e/ou
tóxica. Nos locais das picadas usar antibióticos, corticosteróides e anti-histamínicos.
Além disso, deve-se combater as pulgas também no meio ambiente já que a maior
parte do seu ciclo de vida ocorre no meio ambiente. Para animais hipersensíveis
pode se recorrer a dessensibilização com antígenos de pulgas. Em gatos não
esquecer a grande sensibilidade aos organocloretados (LEITÃO e MAIRELES,
1983).
 
CONCLUSÃO
Segundo o que foi exposto nessa revisão pode-se conclui que, a melhor
maneira de se controlar infestação por pulgas é tratar os animais e também as áreas
que ele permanece a maior parte do tempo.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
FORTES, E. PARASITOLOGIA VETERINÁRIA. Editora Ícone, 4 ed., p. 215 -220, 2004.
LEITÃO, J.L.S; MAIRELES, J.A.F.S. DOENÇAS PARASITÁRIAS DO CÃO E DO GATO. Editora
Litexa Portugal, p. 98-100, 1983.
MEDLEAU, L; HNILICA, K.A. DERMATOLOGIA DE PEQUENOS ANIMAIS. Editora Roca, p. 78-
80/113-115, 2003.
SLOSS, M.W; ZAJAC, A.M; KEMP, R.L. PARASITOLOGIA CLÍNICA VETERINÁRIA. Editora Manole.
6°edição. p. 134-135, 1999.
 
 

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